Em 2020, já atenta quanto alguns casos de censura no Brasil, a FEBAB lança a primeira edição de sua campanha Bibliotecas Que Não Se Calam, durante o dia da pessoa bibliotecária. Quatro anos depois, o que temos percebido é que a situação está se alarmando, ficando cada vez mais séria e delicada. Em alguns países, bibliotecários(as) estão sofrendo violência física, tendo de fechar as portas da biblioteca e até mesmo tendo de buscar apoio legislativo para tornar lei suas políticas de desenvolvimento de coleções que validam a construção de seus acervos. Não podemos e não devemos chegar a esse nível no Brasil.
A censura pode se manifestar de diferentes formas. O que mais temos visto é o cerceamento de acesso à diversidade da produção literária e científica nos acervos das bibliotecas e na realização de atividades culturais (feiras, exposições, clubes de leitura). Por conta disso tudo, agora em 2024, a FEBAB quer ampliar ainda mais o debate de que as bibliotecas são espaços em que toda forma de manifestação e produção intelectuais devem ser preservadas.
A partir de março, nossos Grupos de Trabalho e Comissões trabalharão o tema em diferentes perspectivas, sejam elas temáticas (catalogação, competência informação, vulnerabilidade, diversidade, relações étnico-raciais, entre outras) e de tipologias de bibliotecas (escolares, públicas, universitárias, prisionais, especializadas, entre outras).
Aqui neste site você encontrará:
- Materiais de campanha: disponíveis gratuitamente para download e uso em sua biblioteca, para ampliarmos que a censura não tem vez em cada das bibliotecas brasileiras.
- Relatos de censura: coletados anonimamente, eles servirão como um registro. Todos serão lidos e compartilhados pelo Instagram da FEBAB, trazendo dados que elucidem melhor cada relato.
- Bibliografia Livre: trata-se de uma bibliografia da produção brasileira sobre o tema, em constante atualização.
- Bibliografia da Censura: um mapeamento bibliográfico das obras censuradas.
Contamos com vocês para disseminar esse conteúdo, que eles cheguem à sociedade de maneira ampla, pois censurar a biblioteca, é censurar a sociedade também.
Bibliotecas Fortes: Sociedade Democrática!